quarta-feira, 5 de agosto de 2009

As amizades virtuais são tão boas quanto as reais (Continuação)

Frase do Dia:
"Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura."
Aristóteles
Amigos Reais X Amigos Virtuais

Tanto no mundo real quanto no virtual, a qualidade conta muito mais do que a quantidade na hora de montar uma rede "saudável" de amigos.
Para provar que colecionar amigos através da internet não têm eficácia, o sociólogo e pesquisador norte-americano Cameron Marlow virou realizou uma pesquisa sobre o tamanho das redes pessoais e os tipos de relacionamento mantidos por usuários num período de 30 dias.
De acordo com os estudos, alguém com 150 amigos demonstra, em média, interesse por 19 pessoas das que estão adicionadas ao seu perfil, comunica-se com 7 e obtém respostas de apenas 5.

Assim, dá pra contar em uma mão as amizades que são boas para a saúde.
A possibilidade de construir relacionamentos consistentes em um ambiente virtual facilita as coisas para quem não tem a desinibição e carisma.
O estudante Cezar Augusto de Souza, de 15 anos, morador de João Pessoa, na Paraíba, tem dois perfis no Orkut, com mil amigos cada um. Ele diz que não conhece todo mundo ali, mas que esse é seu jeito de se aproximar de um número maior de pessoas. "Sou tímido, não faço muitas amizades fora da rede."

O curioso é que tanto o tímido e "virtual" quanto a extrovertida e "real" fazem um balanço parecido do número de amizades que valem a pena. "Amigo mesmo, que me conhece e me ajuda, tenho uns 10 ou 15", afirma Cezar.

ALÍVIO IMEDIATO
Mais resistência ao frio, menos vulnerabilidade a vírus, maior capacidade de recuperação, menor sensibilidade a dor e manutenção da saúde mental na terceira idade.
Apesar de recentes, os estudos sobre os efeitos das amizades presenciais na saúde já concluíram que esses são alguns dos benefícios decorrentes da convivência frequente com gente querida.
"Compartilhamos nossas experiências emocionais com os amigos, eles sabem muito sobre nós. Por isso, eles são um forte apoio nos momentos difíceis", diz a cientista social Bella DePaulo.

E esse apoio está na raiz de tudo de bom que a amizade tem para oferecer à saúde.
Karen Roberto, diretora do Centro de Gerontologia da Universidade de Virginia Tech, nos EUA, afirma que os benefícios desses relacionamentos, além de numerosos, são duradouros.

Em sua pesquisa sobre a influência das redes sociais na saúde de mulheres idosas, ela constatou que as oportunidades para troca de intimidade, sustentação emocional e compreensão oferecidas pelos amigos refletiam num quadro de saúde positivo. "O contato com os amigos é saudável porque ajuda a combater a solidão e o isolamento social, comuns entre pessoas com problemas de saúde crônicos."
Em outro estudo, divulgado pelo jornal da Faculdade Americana de Cirurgiões, pacientes em pré e pós-operatório de cirurgias de alto risco e que possuíam maior rede social apresentaram menor intensidade na dor percebida e menos ansiedade. O uso de analgésicos e o tempo de internação também foram menores para aqueles que desfrutavam de fortes laços de amizade.

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